segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

BRANCO, NEGRO OU AMARELO ???

Como surgiram as diferentes cores da pele a partir do primeiro ser humano?
Antes de tudo, é preciso lembrar que a cor da pele é determinada geneticamente por genes que controlam a produção do pigmento melanina. Portanto, ter pele branca, morena ou negra depende dos genes e essa característica é transmitida aos descendentes.

Em segundo lugar, as evidências a respeito da origem do homem sugerem que os primeiros seres humanos devem ter surgido na África e, portanto, teriam a pele negra.

Todo ser vivo apresenta características que lhe permitem adaptar-se ao ambiente em que vive. No caso dos primeiros seres humanos, a pele escura servia para protegê-lo da intensa irradiação do sol nessa região. À medida que o homem passou a ocupar outras regiões, o processo evolutivo, por meio da seleção natural, foi favorecendo, em cada local, a sobrevivência daqueles indivíduos cujas características lhes permitiam melhor adaptabilidade.

Naqueles locais com menos sol, indivíduos com pele mais clara eram favorecidos, pois os indivíduos de pele mais escura e mais protegida não conseguiam assimilar o sol suficientemente para sintetizar a vitamina D nesses locais. Isso foi ocorrendo ao longo de muitas gerações, em que os sobreviventes tinham sempre a pele um pouco mais clara que a de seus ascendentes, até se chegar ao branco.

Com o passar do tempo, ao longo de milhares de anos, os indivíduos ficaram distribuídos de tal forma que, quanto mais próximos do Equador, mais escura era sua pele e, quanto mais próximos das regiões polares, mais clara ela era. É importante lembrar que o processo de seleção natural é aquele que considera que em todas as populações existe variabilidade (no caso da cor da pele, indivíduos com tonalidades diferentes na pele). A seleção natural age sobre essa variabilidade, favorecendo, em cada ambiente, a sobrevivência dos indivíduos mais bem adaptados.

Assim, a seleção natural tanto favoreceu nas regiões frias os indivíduos de pele clara, como favoreceu nas regiões mais quentes os indivíduos de pele mais escura.

Atualmente não observamos mais essa diferença tão marcante, porque os cruzamentos entre indivíduos de diferentes regiões, com diferentes cores de pele, garante uma variabilidade ainda maior e os fatores seletivos já não são importantes no caso do homem. Um negro vivendo numa região com pouco sol, por exemplo, pode facilmente superar a falta de vitamina D, e viver nesse lugar não será problema para ele.