segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Que falar do Natal ?

Enquanto crianças fomos ensinados por nossos pais que o Natal era, antes de ser uma data religiosa, a celebração de um aniversário: em 25 de dezembro Jesus completava mais um ano de vida.

Lembro-me de, com oito, nove anos, me perguntar como seria a festa de aniversário de Jesus. Se ele gostava de ganhar presentes, e o que pediria quando soprava a vela de seu bolo de aniversário.

Me lembro também de contar, a cada Natal, quantos anos ele estava completando. Confesso que sempre achava o número muito grande, mas isso não tirava minha alegria. Talvez porque sempre gostei de festas.

Encarando o Natal como uma festa tinha uma outra pergunta, comum a toda criança: Papai Noel existe? Curioso, sempre quis ver Papai Noel, mas sempre dormia antes da meia-noite...

Mas, se o aniversário era de Jesus, porque era Papai Noel quem aparecia na TV e nas revistas, e não Jesus? Afinal, o aniversariante sempre aparece mais nas fotos, e não um dos convidados era o que eu pensava.

Dez, doze, dezesseis natais se passaram, e as dúvidas da infância ainda não desapareceram.

Como toda criança nascida há quinze, dezoito, vinte anos, tive por um tempo a referência religiosa do Natal misturada ao apelo comercial da data. Na TV não se fala do advento, apenas em presentes, ceia, etc.

Ensinam-nos a comemorar, mas não explicam o que comemoramos. Depois desta reflexão, e de uma curta "viagem no túnel do tempo" volto à questão inicial do texto: como falar do Natal? E como defendê-lo? Linhas e linhas depois ainda não sabem a resposta. Quem sabe ela esteja onde eu menos espero? Acho que vou sair às ruas e procurar...

2008, Think !!



































quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Oscar Niemayer-100 anos


Se fosse perguntado a Oscar Niemayer se há vida do outro lado, certamente responderia: - na dúvida vou ficando por aqui!





Disse o gênio:



"Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein."


Pestana Casino Park-Portugal


Partido Comunista FrancêS E Bolsa do Trabalho, em Bobigny



































Congresso-Brasilia-Brasil


CATEDRAL DE BRASILIA












ED. COPAN-São Paulo - Brasil



Pampulha-BH-Minas Gerais-Brasil


Museu do Olho-Curitiba-PR-Brasil

Parabéns pelo centenário ao arquiteto universal !!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A mosca e o monte

Uma mosca voava e viu outra, que empunhando um fuzil andava de um lado para o outro guardando algo. Chegou mais perto e notou que ela andava sobre um monte de merda. Curiosa perguntou: - hei o que você está fazendo? E ela respondeu: - ta vendo tudo isto! Isto tudo aqui! ISTO É TUDO MEU!

Moral da história.

Isto se aplica a todos aqueles que se julgando acima dos demais, e na verdade, lá o que sejam ou tenham, no fundo, no fundo, são donos de um monte de merda!


sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A fábula da perereca

Numa mata, com uma chuva fina uma perereca preparava-se para comer uma mosca quando um macho, que observava a cena, disse:- Perereca, não coma já a mosca! Espere que a abelha a coma, depois tu comes a abelha. Ficarás mais bem alimentada.

A perereca assim fez e, efetivamente, passados alguns segundos, veio a abelha que comeu a mosca. A perereca preparou-se, então, para comer a abelha, mas o macho interrompeu novamente:- Perereca, não comas a abelha! Ela vai ficar presa na teia da aranha e a aranha vai comê-la, então tu comes a aranha e ficarás mais bem alimentada.


A perereca de novo esperou. A abelha levantou vôo, caiu na teia da aranha, veio a aranha e comeu-a. A perereca preparou-se para saltar sobre a aranha, mas de novo o macho falou: - Perereca, não sejas precipitada! Há de vir o pássaro para comer a aranha, que comeu a abelha, que comeu a mosca. Comerás o pássaro e ficarás mais bem alimentada.


A perereca, reconhecendo os bons conselhos do macho, aguardou. Logo depois, chegou o pássaro. Entretanto, começou a chover mais forte e a perereca, ao atirar-se sobre o pássaro, escorregou e caiu numa poça d`água. Neste momento, uma cobra que passava por ali, engoliu a perereca e sumiu mata adentro.


MORAL DA HISTÓRIA:

Quanto mais tempo duram as preliminares, mais molhada fica a perereca... Porém, cuidado! Se não comer, vem outro e come!


AGORA SE SEU NEGÓCIO FOR OUTRO, PODE ENGOLIR A COBRA.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Kadhafi

Muammar al-Kaddafi, ou simplesmente Kadhafi, é mesmo uma figura.
O nome do líder líbio é escrito de várias maneiras diferentes devido a dificuldades da transliteração da língua árabe e também da pronúncia regional da Líbia. As muitas ortografias possíveis no alfabeto latino são : Muammar al-Gaddafi, Moammar Gadhafi, Muammar al-Qadhafi, Mu'ammar Al-Qadhafi, Muammar al-Khadafi. O próprio comandante líbio parece preferir Moammar El-Gadhafi, Muammar Gadafi ou al-Gathafi.


Contrariando outros chefes de Estado, que tem como seguranças verdadeiros armários, o ditador da Líbia, usa para sua proteção um batalhão feminino, composto segundo dizem, por 30 virgens! Será?

Estão treinadas para matar primeiro e perguntar depois! Kadhafi encontra-se atualmente na França, onde, publicamente desmentiu o Presidente Sarkozy, que havia informado a imprensa, de que teriam conversado sobre direitos humanos na Líbia.


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Bebado romântico

Quem bebe deve ter em mente que aquele cara que ele vê no espelho no dia seguinte não é ele.

Tome um banho gelado, barbeie-se, perfuma-se, dê um chamego na sua amada, então volte a olhar-se.

É tiro e queda ! Verá a melhora de imediato.


Discussão do CPMF 2

Bancos faturam 40 bilhões cobrando tarifas e o CPMF recolhe outro tanto. Enquanto isto-govêrno x oposição- brigam entre si, para decidir se a CPMF fica ou não.


Impaciente o contribuinte aguarda, sabendo que no frigir dos ovos, continuará sendo roubado de uma forma ou de outra.


Como dizia o filosofo Dias: P...na B.... dos prejudicados.

Tudo como dantes, no quartel-general em Abrantes

Significado:

diz-se do que permanece sempre na mesma, sem alteração.
Origem:

No tempo da primeira invasão francesa [1806], Junot instalara, calmamente, o seu quartel-general em Abrantes. Em Lisboa, nada se fazia com intenção de se opor ao avanço do general francês. Ninguém lhe ousava resistir. D. João VI, então regente, não tomava qualquer medida no sentido de evitar a progressão de Junnot para Lisboa. Daí que, quando alguém perguntava o que se passava, a resposta era:

"Tudo como dantes, no quartel-general em Abrantes."

Abrantes- Distrito de Santarém - Portugal

domingo, 9 de dezembro de 2007

Fiscalizar o quê ?

O amigo já imaginou um grupo de policiais corruptos bancar um jantar de confraternização à Corregedoria da Policia ou se presos cumprindo pena patrocinassem banquete à juizes que fazem revisões criminais.
Pois bem, na devida proporção foi o que aconteceu em São Paulo quando uma empresa multinacional líder de reclamações no PROCON-órgão encarregado de fiscalização de abusos contra o consumidor-promoveu encontro de confraternização com almoço regado a bons vinhos, inclusive com sorteio de brindes a funcionários do PROCON.
Cadê a moral para fiscalizar o quê doravante. A empresa é a Telefônica. Lembram as passagens aéreas concedidas gratuitamente a integrantes da ANAC, órgão encarregado de fiscalizar as empresas aéreas. Pois é: “continua tudo como dantes no quartel do Abrantes”.

Crime adota jovens

Vivo em São Paulo, Capital, e como muitos, tenho um pequeno comércio. Diáriamente, adolescentes me pedem emprego, alegando que, em casa, são vários irmãos e, portanto, gostariam de ajudar seus pais.


Pacientemente explico-lhes que devido ao ECA, Estatuto do Adolescente, não posso fazê-lo. Saem tristes e cabisbaixos, e vez o outra, alguns passam em motos novas, pois por não conseguirem trabalho comigo acabam sendo adotados pelo traficante do bairro.


Alguns dizem que seus pais comentam com orgulho terem começado a trabalhar logo cedo, aos14 anos e, portanto no futuro, se aposentarão mais jovens.


Li o Estatuto, e outros comerciantes como eu, acabam entendendo, porque desde a sua publicação em 1990, portanto nestes 17 anos, jovens com ensino público precário, sem poder trabalhar, ou exercer atividades esportivas e saudáveis, devido à incompetência do Estado, tem se dedicado ao crime, aumentado os índices, principalmente nas regiões urbanas, com o crescente numero de tráfico e assaltos, surgimento de PCCs, e etc...


Como já foi dito: -“o ócio é o pai de todos os vícios”.


O pai pobre fica refém dessa situação. Seu filho, com um péssimo ensino público e por outro lado sem trabalho, já que o ECA proíbe, sem exercer atividades esportivas ou saudáveis, fica sem alternativa, sendo arrastado para o crime.


A conclusão é óbvia: aquele jovem que o Estado me impede de ajudar é o mesmo que virá assaltar-me, ou vender drogas ao meu filho.


No papel, o estatuto é maravilhoso, mas na prática, talvez em outras culturas seja excelente.


Meus avós devem estar se revirando na tumba, pois desde quando trabalho decente, não o escravo localizado em algumas regiões, fez mal a alguém? Só na cabeça de uns políticos hipócritas e demagogos, ou de outros, como alguns religiosos, e grupos assistenciais que se valem disso para satisfazer o ego, suas finanças ou necessidades físicas.

Assalto cômico

Se não fosse trágico seria hilário ! No Rio de Janeiro, policial alemão aposentado é assaltado por ladrão com perna mecânica. Pode ? Conclusão: já não se fazem alemães nem ladrões como antigamente !!

Bate papo entre presos

Dois presos batiam papo no xadrez.
Dizia o preso um: - aí mano o cara foi absolvido de novo lá no Senado.
Diz o preso dois: também tu não ouviu dizer que quando 90% dos que julgaram tem telhado de vidro, não tem moral pra condenar ninguém. Fica difícil, né mano ?
Então é como dizia o meu velho pai: - filho se tu cair do cavalo, cai dum puro sangue, não dum pangaré, tá? ou : -filho, se tu roubar, rouba bastante, porque na cadeia só tem otário, pobre e miserável.
Aí, mano ! Não ouvi o coroa. Deu no que deu!




Criticar é fácil

De norte a sul do nosso querido Brasil descalabros.
Cadeias superlotadas que não cumprem sua função de reeducar e reintegrar.
Hospitais com péssimo atendimento à população e equipamentos caríssimos deteriorando-se por falta de uso.
Educação à beira de um colapso.
Na aviação civil nem lembrar.
Mas pior é assistir responsáveis por tudo isto darem entrevistas e na maior cara de pau alegar desconhecimento, além de ameaçar punir seus subalternos. É querer tampar o sol com a peneira.
Por sorte em todos setores há abnegados segurando tudo na medida do possível.
Êstes não esqueçam de que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Poema

A poesia está guardada nas palavras - é tudo que eu sei.

Meu fado é o de não entender quase tudo.

Prepondero a sandeu.

Sobre o nada eu tenho profundidades.

Não cultivo conexões com o real.

Para mim, poderoso não é aquele que descobre ouro,
Poderoso para mim é aquele que descobre as insignificâncias:
(do mundo e nossas).

Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.

Fiquei muito emocionado e chorei.

Sou fraco para elogios.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

FERNANDO PESSOA

Nunca amamos ninguém. Amamos, tão somente, a idéia que fazemos de alguém. É um conceito nosso, em suma, é a nós mesmos que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma idéia nossa.

A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.

O amor é um sonho que chega para o pouco ser que se é.

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

A felicidade está fora da felicidade.

Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.
O Homem é do tamanho do seu sonho.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Ministro vedete

O Nelson Jobim é a reencarnação masculina da vedete Wilza Carla. Não pode ver ninguém com picolé na mão, que julgando ser microfone já vai dando entrevista !!!

Minestrone

Um amigo convida em delegado de policia descendente de italianos a jantar em casa.
Seu pai português é excelente cozinheiro. Ao fim de saborear uma sopa o delegado diz: -Pôxa, que bom “questo minestrone” seu Joaquim, no que responde o velhinho: minestrone o caralho “doutoire” ! Isto é uma sopa portuguesa !!!

Por que não te calas ??




Quem assiste aos discursos de Hugo Chaves na Venezuela, percebe que atrás de si sempre há uma jovem uniformizada !
Das duas uma: ou o cara é chegado nas menininhas ou está ressuscitando a juventude nazista. Como disse El Rey ! –Por que não te calas hombre !!!


Bode expiatório

Você sabe o que significa bode expiatório?


Na bíblia, a expressão começou a ser usada quando o irmão de Moisés sacrificou um bode para a remissão de pecados. O bode foi sacrificado por um pecado que nem era dele por isso o termo bode expiatório teve tal significado.


O termo “bode expiatório” é bastante usado pela mídia para acusar alguém de alguma falcatrua, mas, o significado da palavra é acusação de uma pessoa inocente. Quando uma pessoa é acusada por algo que não fez ela é vítima de um bode expiatório. Na era nazista, os judeus eram acusados por colapsos que acontecia na Alemanha e assim eram acusados sem cometer nada.


Ao pé da letra, bode expiatório era um animal que era apartado dos demais bodes sendo deixado abandonado na natureza, como parte das cerimônias hebraicas. Diz-se que o bode expiatório fica andando atrás das pessoas espiando seus atos.

A minha filha não !!!

Já na década de 80 um amigo, o Noronha,vangloriava-se de seu filho levar garotas para casa, e “crau” *, abater mais uma lebre! Batia no peito que o dele era mais macho.
Ouvíamos atentamente e para sacaneá-lo, como também tinha 2 filhas, perguntava-mos se as deixava levar garotões em casa. Noronha ficava puto e queria encarar todos.
Era a tal história: - o meu touro tá solto, então cuidem das suas vacas, agora se algum touro invadir o meu pasto, boto pra quebrar.
Hoje é corriqueiro jovens dormirem na casa dos pais com seus namorados. É certo ou errado ? Fica a critério de cada familia aderir à modernidade, que diga-se é mais saudável e seguro.
*crau=faturar, conquistar

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Posições sexuais

Três amigos estavam reunidos tomando uma cervejinha, entre outras coisas falavam sobre as melhores posições durante o ato sexual:

Um deles disse: Para mim a numero um e a 69!!!!

Outro disse: Para mim e o frango assado!!!

E o ultimo disse: Não há nada melhor do que a do RODEIO!!!!

Os outros dois amigos o olharam assombrados e perguntaram do que se tratava???

O homem explicou:

Bem, Fale para sua mulher que se coloque de quatro... e comeces por detrás ao
estilo cachorrinho... Uma vez que as coisas estejam bem quentes... apóie seu
peito sobre as costas dela, abrace-a fortemente... e diga com delicadeza bem
baixinho ao seu ouvido:

"ESTA POSIÇÃO FASCINA MINHA SECRETÁRIA"

E depois tente manter-se em cima dela por mais de 8 segundos!

!!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Você sabe a origem do nome MIAMI ?

O nome “MIAMI” foi atribuído à cidade pelos primeiros moradores e na linguagem indígena, significa “Água Doce”.

Miami tem o menor rio navegável dos Estados Unidos, o Miami River que corta a cidade.

Miami é uma cidade que cresceu de um pântano, sobrevivendo a incêndios, furacões e nunca perdeu o espírito de perseverança.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Ser pai

Como faço diariamente, tomei o ônibus na Praça da Republica, centro de São Paulo, com destino ao meu trabalho. Dentro, rolava um papo sobre o noticiário do dia anterior, que novamente, denunciava o consumo de drogas, no chamado “quadrilátero” da boca do lixo, mais conhecido por crackdromo.

As opiniões eram as mais variadas, e vez ou outra, de tão acaloradas, chegavam à beira da discussão. Uma delas, dizia, que o problema era antigo, pois há mais de 30 anos isso acontecia naquela região! –Nada se fazendo para sana-lo.

Outra dizia que já estava na segunda ou terceira geração de meninos de rua, ou seja, o menino de rua virou pai, e seu filho também já consumia drogas.
E ainda, que tudo, não passava de interesses comerciais do PCC*, e traficantes! -afinal, por trás, rolava muita grana!


E assim por diante, ouvia a todos , tirando minhas conclusões. Continuava quieto no meu canto, ouvindo calado e refletindo.
Com algumas opiniões concordava, noutras, achava um pouco de exagero. Fiquei triste, porque também tenho filhos, e, como todo pai, rezo para que não se envolvam com drogas, livrando-os da viagem maldita, cujas paradas são: hospício, prisão ou cemitério.

Na esquinas, da Avenida São João com Av. Duque de Caxias, subiu um senhor, sentou-se a meu lado, e assustado, ouvia tudo. Temeroso em dar uma opinião, fazia como eu, limitando-se a ouvir, e balançar a cabeça, ora concordando ou não.

Mais à vontade, começamos a conversar, dizendo, que um daqueles viciados do vídeo, era seu filho, um jovem de 20 anos! -Não sabendo mais o que fazer para tirá-lo daquela vida degradante e miserável! -Já fizera de tudo! -Procurando clinicas especializadas, assistentes sociais, autoridades ligadas ao assunto, mas sentia-se impotente, pois nada conseguira.

Confortando-o, disse-lhe que era assim mesmo. Como pais, nossa vida era essa, levantar cedo, marmita sob o braço, atravessar a cidade em ônibus lotados, com destino ao trabalho! -Enfim, sacrificar-se e fazer tudo pelos filhos. Por sorte, alguns pais não tinham esse gravíssimo problema, e outros, ao contrário, conviviam com ele, tornando suas vidas, um inferno.

Disse-lhe chavões surrados: - a esperança é a última que morre, e; -o tempo é o melhor remédio para tudo, enfim, que devíamos aguardar e continuar na luta! – E que ao contrário dele, após sacrifícios, privando-me das boas coisas da vida, tinha realizado meu sonho, e dado um canudo*de professor de educação física ao meu, da mesma idade do seu.
Aquilo soou como um duro golpe, pois seu olhar brilhou, não sei se de alegria, ou de ódio! - Por lembrá-lo novamente da sua impotência com o seu.

Continuei dizendo, que meu filho também andava desiludido, pois, apesar do canudo*, procurava trabalho e nada conseguia na área, tendo de sujeitar-se a outra atividade.
Éramos, então, 2 pais, com problemas, cada um na sua proporção de gravidade.


De repente, aquele senhor, numa tirada de mestre, disse: -Poxa, meu irmão! -Tá aí, a solução!! -Por que o prefeito, governador ou seja lá quem comanda tudo, não junta nossos filhos, unindo o útil ao agradável.

De cara, não entendi ? -Mas aos poucos foi se soltando e explicando: -É fácil meu! -dizia ele: - Basta o prefeito pegar teu filho professor, arranjar um espaço na cidade, montar uma quadra esportiva, e então ele passa a orientar meu filho e outros em atividades esportivas! -Assim, à noite, não sobra tempo para usarem drogas, assaltar, e etc.

Disse-lhe: -Você tem razão meu irmão, mas não é tão simples assim; -afinal, tudo gira em torno de grana, licitações, concorrências, enfim uma burocracia danada! -que a gente não “saca”* nada: - No que respondeu : - Mas os caras da economia dizem que só de imposto a gente deixa quase 40% de grana em tudo que compramos! -Ficando para o governo gerenciar! –É : - Aí reside o problema! -Pois todo esse dinheiro já está comprometido com outros “programas”, supostamente mais importantes! -Noutras “mutretas”! -Nada sobrando para a educação, esportes, e outras necessidades sociais, disse eu.

Nisto, tendo que descer no próximo ponto, num desabafo geral, gritou; -OLHA MEU! - A MELHOR POLITICA PARA O POBRE CONTINUA SENDO A DE SEMPRE! -A DO SEJA O QUE DEUS QUISER!!! -E eu brincando, retruquei: -É, pode ser, mas, o chefe lá em cima já está com o saco cheio.!!!!!
Desci no meu ponto, duplamente chateado: por meu filho frustrado e sem rumo profissional e pelo dele, que dias desses, fatalmente, iria virar manchete policial.


O que fazer ? -A luta é essa,! -Desigual! -É lôbo comendo lôbo! -e, como dizia aquele malandro da Praça Julio Mesquita:--Se jacaré marcar* bobeira vira bolsa de madame. Então, seja o que Deus quiser !!!!!!!!!!!!

*canudo=diploma universitário
*PCC-Primeiro Comando da Capital-Grupo de marginais que dentro das cadeias comanda o crime.
*saca, giria= entender, perceber
*marcar, gíria=perder tempo

Brownsugar

Quero ser criança

Meu filho na ocasião com cinco anos perguntou-me: - Pai por que a gente cresce? – Eu queria ficar sempre criança. –Não queria crescer nunca! -Desconcertado dei-lhe uma explicação e aparentemente o convenci.

Hoje, num retrospecto, vivencio todo tempo destinado a ele, nas varias etapas de sua vida, a começar quando tinha meses.

Era uma época de noites mal dormidas. Ao primeiro choro ou balançar do berço, corria e dava-lhe toda atenção necessária. –Era a dor de ouvido, de dentes ou de levá-lo a dar uma volta de carro no quarteirão, para que pegasse no sono novamente. -Gastava tempo com idas ao Pediatra, Pronto Socorro, Postos de Vacina e tudo o mais.

E, nos fins de semana, que gostoso! – Os passeios ao Parque do Ibirapuera, ao Play Center, a praia etc.

Enfim gastava todo tempo necessário para o seu bem estar.

Cresceu e os gastos, nem lembrar! –Dobraram! - Antes, a escolinha maternal, as roupas, - tudo mais barato. Hoje, faculdades caras, - já que as públicas são para alguns-, e nas particulares, o custo - beneficio duvidoso, - formam jovens a torno e direito, sem realmente saber o que o mercado de trabalho precisa. -Então, formados, vão ganhar uma merreca*, e penso comigo: - antes tivesse aplicado o dinheiro da mensalidade num imóvel, pois hoje ao sair da faculdade com o que ganham não conseguirão paga-lo.

Antes, era a bicicleta, o pião, uma pipa, e hoje, o carro, a gasolina o seguro, além das roupas de grife! E o celular! - que nunca atende quando ligo!

-E a tranqüilidade? - Nos fins de semana, enquanto não ouvir o barulho do carro, retornando da balada, como dormir sossegado?

Quanto tempo e dinheiro gasto e sinto-me feliz com isto.

Mas dia destes, precisando de um pouco do seu tempo, pedi que explicasse algo sobre o computador! Mas, qual o que! Disse-me: - entra numa escola de informática, pois estou com pressa: - insisti, e na verdade precisava conversar com alguém só um pouquinho: - de pronto respondeu: - O coroa, ta ligado? –preciso encontrar a minha garota: - Estou com pouco tempo. -Baixei a cabeça, e sorrindo comigo mesmo, lembrei do ditado de que: “filho criado, trabalho dobrado”.

Conformado, num misto de alegria e tristeza deu vontade de perguntar a ele? –Filho por que você cresceu? –Por que não continuou criança?

Brownsugar

*merreca, giria=pouco dinheiro

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz perenizada.
Vinicius de Moraes

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Chora, coração

O erro dos McCann é não terem sido um bocadinho mais portugueses ou brasileiros: fatalistas, lacrimejantes e dramáticos

UM AMIGO paulistano contava-me em tempos que o grande problema do Brasil era a "inveja espiritual". Parei, afinei o ouvido e perguntei de volta: "Inveja espiritual?". Ele explicou: nós podemos ter inveja da casa do vizinho. Do carro. Da carreira. Da mulher.

Mas "inveja espiritual" é coisa mais sofisticada: é ter inveja do próprio vizinho. Da capacidade dele para suportar o infortúnio com a dignidade intocada.
Onde estão as lágrimas? O choro? As ameaças de suicídio e de homicídio (não necessariamente nessa ordem)? Não estão. Como diria Hemingway, ele tem graciosidade sob pressão.

A "inveja espiritual" é a inveja que sentimos quando vemos um adulto comportar-se como adulto.

Fiquei a pensar na história e a história, como a inveja, atacou-me quando regressei a Portugal depois de uma longa vadiagem pelo Brasil. E tudo por causa do caso McCann. Caso tenham estado em Marte nos últimos seis meses, uma criança inglesa de 4 anos, Madeleine McCann, desapareceu de um complexo turístico no Algarve no dia 3 de maio. Foi seqüestro? Homicídio?Isso não é importante. Importante é a reação da imprensa tablóide portuguesa, que rapidamente começou a amplificar o sentimento dos populares. Desde a primeira hora, os pais são suspeitos. Suspeitos, vírgula, culpados. Não necessariamente pelas provas que a polícia judiciária recolheu e que até podem apontar para uma suspeita legítima (eu, honestamente, não faço a mínima idéia). Falo do povo. Falo da voz do povo. Os pais são culpados porque parecem culpados.

E parecem culpados porque não choram como deveriam. Não gritam como deveriam. Não se comportam histericamente como deveriam. Pelo contrário: com a fleuma britânica que é típica da espécie, dão entrevistas aos jornais. Fazem campanhas na internet. Procuram a filha pelos quatro cantos do mundo. Agem racionalmente, mantendo a graciosidade possível. A pergunta é inevitável: que pais são esses que, perante o desaparecimento da filha, não afundam na depressão e na miséria?

O povo gosta de ver sangue. Mas, melhor que sangue, o povo gosta de ver lágrimas. O principal erro dos pais não foi ter deixado os filhos sozinhos no apartamento -Madeleine e dois gêmeos, ambos com 2 anos -enquanto jantavam com amigos a poucos metros. O erro principal dos McCann é não terem sido um bocadinho mais brasileiros. Ou, então, um bocadinho mais portugueses: fatalistas, lacrimejantes e dramáticos.O caso é sobretudo válido para a mãe. Em declarações aos jornais britânicos, Kate McCann confessou que lamentava não ser gorda e feia para que os portugueses gostassem mais dela. Um erro, minha senhora. O problema não é ser magra e bonita. O problema é não ter umas lágrimas para oferecer a platéias esfomeadas. Se lágrimas houvesse, até as maiores barbaridades seriam perdoadas. Ela matou a filha/vendeu a filha/fez da filha um sanduíche? Ah, mas chora, coitadinha.
A inveja espiritual não começou no Brasil. Como a língua e a Carmem Miranda, ela é herança de um pai só.
J.P.Coutinho

terça-feira, 30 de outubro de 2007

O ROLO DO ROLEX

Por que um cidadão vem a público mostrar sua revolta com a situação do país, alardeando senso de justiça social, só quando é roubado?


NO INÍCIO do mês, o apresentador Luciano Huck escreveu um texto sobre o roubo de seu Rolex. O artigo gerou uma avalanche de cartas ao jornal, entre as quais uma escrita por mim.


Não me considero um polemista, pelo menos não no sentido espetaculoso da palavra. Temo, por ser público, parecer alguém em busca de autopromoção, algo que abomino. Por outro lado, não arredo pé de uma boa discussão, o que sempre me parece salutar. Por isso resolvi aceitar o convite a expor minha opinião, já distorcida desde então.


Reconheço que minha carta, curta, grossa e escrita num instante emocionado, num impulso, não é um primor de clareza e sabia que corria o risco de interpretações toscas. Mas há momentos em que me parece necessário botar a boca no trombone, nem que seja para não poluir o fígado com rancores inúteis. Como uma provocação.


Foi o que fiz. Foi o que fez Huck, revoltado ao ver lesado seu patrimônio, sentimento, aliás, legítimo. Eu também reclamaria caso roubassem algo comprado com o suor do rosto. Reclamaria na mesa de bar, em família, na roda de amigos. Nunca num jornal.


Esse argumento, apesar de prosaico, é pra mim o xis da questão. Por que um cidadão vem a público mostrar sua revolta com a situação do país, alardeando senso de justiça social, só quando é roubado? Lançando mão de privilégio dado a personalidades, utiliza um espaço de debates políticos e adultos para reclamações pessoais (sim, não fez mais que isso), escorado em argumentos quase infantis, como "sou cidadão, pago meus impostos". Dias depois, Ferréz, um porta-voz da periferia, escreveu texto no mesmo espaço, "romanceando" o ocorrido. Foi acusado de glamourizar o roubo e de fazer apologia do crime.


Antes que me acusem de ressentido ou revanchista, friso que lamento a violência sofrida por Huck. Não tenho nada pessoalmente contra ele, de quem não sei muito. Considero-o um bom profissional, alguém dotado de certa sensibilidade para lidar com o grande público, o que por si só me parece admirável. À distância, sei de sua rápida ascensão na TV. É, portanto, o que os mitificadores gostam de chamar de "vencedor". Alguém que conquista seu espaço à custa de trabalho me parece digno de admiração.


E-mails de leitores que chegaram até mim (os mais brandos me chamavam de "marxista babaca" e "comunista de museu") revelam uma confusão terrível de conceitos (e preconceitos) e idéias mal formuladas (há raras exceções) e me fizeram reafirmar minha triste tese de botequim de que o pensamento do nosso tempo está embotado, e as pessoas, desarticuladas. Vi dois pobres estereótipos serem fortemente reiterados. Os que espinafraram Huck eram "comunistas", "petistas", "fascistas". Os que o apoiavam eram "burgueses", "elite", palavra que desafortunadamente usei em minha carta. Elite é palavra perigosa e, de tão levianamente usada, esquecemos seu real sentido. Recorro ao "Houaiss": "Elite - 1. o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente em um grupo social [este sentido não se aplica à grande maioria dos ricos brasileiros]; 2. minoria que detém o prestígio e o domínio sobre o grupo social [este, sim]".


A surpreendente repercussão do fato revela que a disparidade social é um calo no pé de nossa sociedade, para o qual não parece haver remédio -desfilaram intolerância e ódio à flor da pele, a destacar o espantoso texto de Reinaldo Azevedo, colunista da revista "Veja", notório reduto da ultradireita caricata, mas nem por isso menos perigosa. Amparado em uma hipócrita "consciência democrática", propõe vetar o direito à expressão (represália a Ferréz), uma das maiores conquistas do nosso ralo processo democrático. Não cabendo em si, dispara esta pérola: "Sem ela [a propriedade privada], estaríamos de tacape na mão, puxando as moças pelos cabelos". Confesso que me peguei a imaginar esse sr. de tacape em mãos, lutando por seu lugar à sombra sem o escudo de uma revista fascistóide. Os idiotas devem ter direito à expressão, sim, sr. Reinaldo. Seu texto é prova disso.


Igual direito de expressão foi dado a Huck e Ferréz. Do imbróglio, sobram-me duas parcas conclusões. A exclusão social não justifica a delinqüência ou o pendor ao crime, mas ninguém poderá negar que alguém sem direito à escola, que cresce num cenário de miséria e abandono, está mais vulnerável aos apelos da vida bandida. Por seu turno, pessoas públicas não são blindadas (seus carros podem ser) e estão sujeitas a roubos, violências ou à desaprovação de leitores, especialmente se cometem textos fúteis sobre questões tão críticas como essa ora em debate.


Por fim, devo dizer que sempre pensei a existência como algo muito mais complexo do que um mero embate entre ricos e pobres, esquerda e direita, conservadores e progressistas, excluídos e privilegiados. O tosco debate em torno do desabafo nervoso de Huck pôs novas pulgas na minha orelha. Ao que parece, desde as priscas eras, o problema do mundo é mesmo um só -uma luta de classes cruel e sem fim.


JOSÉ DE RIBAMAR COELHO SANTOS, 41, o Zeca Baleiro, é cantor e compositor maranhense. Tem sete discos lançados, entre eles, "Pet Shop Mundo Cão".


Ver clipe no rodapé do Blog

sábado, 27 de outubro de 2007

OS 3 MACAQUINHOS


Os macaquinhos, conhecidos como 'Três Macacos Sábios', ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século 17 localizado na cidade de Nikko, no Japão.


Sua origem é baseada em um trocadilho japonês. Seus nomes são 'mizaru' (o que cobre os olhos), 'kikazaru' (o que tapa os ouvidos) e 'iwazaru' (o que tampa a boca), que na língua é traduzido como 'não ouça o mal', 'não fale o mal' e 'não veja o mal'.


A palavra 'saru', em japonês, significa 'macaco' e tem o mesmo som da terminação verbal 'zaru'. O folclore japonês diz que a imagem dos macacos foi trazida por um monge budista chinês, no século 8. Apesar disso, não há comprovação dessa suposição.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

POLITICOS E AS COMISSÕES

Numa conferência de deputados nos EUA, um deputado brasileiro vai visitar a casa de um deputado americano.
Chegando lá ele fica impressionado com o imóvel e pergunta:— Seu salário permite ter uma casa dessas?
O deputado americano vai até a janela e fala:— Tá vendo aquela ponte bem ali?
— Sim!
- responde o deputado brasileiro.
O americano dá uns tapinhas no bolso, com a maior cara de safado e completa: — 50%!
Meses depois, o americano vem ao Brasil e retribui a visita à casa do deputado brasileiro.
Fica impressionado com o tamanho da mansão e pergunta: — Seu salário permite ter uma casa dessas?
O brasileiro vai até a janela e fala:— Tá vendo aquele hospital público ali?
O americano olha, olha, não vê nada e responde:— Não! O brasileiro então faz a cara mais sacana do mundo, dá uns tapinhas no bolso e completa:— 100%!

domingo, 21 de outubro de 2007

Licença civilizada

Senado aprova extensão opcional de afastamento de mães para aleitar por 6 meses, de acordo com recomendação da OMS. Que bom !!!

Quem sabe um dia nossas mulheres e nossos bebes serão valorizadas como na Suécia onde a licença maternidade é de 480 dias ou 1 ano e 4 meses, além de 60 dias para os homens.


Veja só que diferença, Rinso lava bem mais branco. Eh eh eh

sábado, 20 de outubro de 2007

DISCUSSÃO DO CPMF



Já está em circulação uma nova modalidade de cheque !


O cheque VACA ! É aquele quando emitido já tem alguém mamando.






Brownsugar

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Acima de qualquer suspeita

Uma senhora muito distinta estava em um avião vindo de Miami.
Vendo que estava sentada ao lado de um padre simpático, perguntou:
- Desculpe-me, padre, posso lhe pedir um favor?
- Claro, minha criança, o que posso fazer por você?
- Eis o problema: eu comprei um novo secador de cabelo sofisticado, pelo qual paguei muito dinheiro. Eu realmente ultrapassei os limites da declaração e estou preocupada dele ser confiscado na Alfândega.
-Será que o senhor poderia levá-lo debaixo de sua batina?
- Claro que poderia, minha criança, mas você deve saber que eu não posso mentir.
- O senhor tem um rosto tão honesto, Padre, que estou certa quem eles não lha farão nenhuma pergunta,: e lhe deu o secador.
O avião chegou a seu destino. Quando o padre se apresentou à Alfândega, lhe perguntaram:
- Padre, o senhor tem algo a declarar?
-Do alto da minha cabeça até a faixa na minha cintura, não tenho nada a declarar, meu filho", respondeu.
Achando a resposta estranha, o fiscal da Alfândega perguntou:-
-E da faixa da cintura para baixo, o que o senhor tem?O padre respondeu:
-Eu tenho um instrumentinho maravilhoso, destinado a ser usado por mulheres, e que nunca foi usado.
Caindo na risada, o fiscal exclamou :
- Pode passar, Padre!! O próximo...

domingo, 30 de setembro de 2007

HOSPITAIS DE PONTA QUEREM ATRAIR PACIENTE ESTRANGEIRO

São Paulo tem três iniciativas para entrar em mercado que movimentará US$ 40 bilhõesCapital paulista já é referência em cirurgia plástica e no tratamento de doenças cardíacas, oncológicas e ortopédicas
Ao menos três iniciativas estão em curso para colocar São Paulo na rota do turismo internacional de saúde, um negócio que deve movimentar até 2010 US$ 40 bilhões em todo o mundo. Hoje, esse tipo de turismo atrai apenas 1,5% dos estrangeiros que vêm ao Brasil. Desses, a maioria faz procedimentos em São Paulo, especialmente na área de cirurgia plástica.Além da estética, a capital paulista também é referência internacional no tratamento de doenças cardíacas, oncológicas e ortopédicas.
Tem ainda médicos renomados, tecnologia de ponta e, o mais atraente para os estrangeiros, tarifas em reais.Uma lipoescultura no Brasil, por exemplo, custa em média US$ 4.700 (R$ 8.600). Na Europa, o preço vai a US$ 11 mil (R$ 20 mil) e, nos EUA, chega a US$ 13,5 mil (R$ 24,8 mil).
Entre as iniciativas para atrair pacientes estrangeiros a São Paulo está o lançamento de um guia em inglês, espanhol e português com uma lista de hospitais, clínicas e spas na capital, elaborado pela São Paulo Turismo e o sindicato dos hospitais paulistas (Sindhosp)."O mimo que se tem aqui com paciente não existe em lugar nenhum do mundo", diz Rui Tanigawa, da APM (Associação Paulista de Medicina).
Setor de saúde e governo vão divulgar medicina brasileira em outros países

Ao mesmo tempo em que São Paulo lança seu primeiro guia voltado ao turismo de saúde, quatro hospitais de capitais firmaram um consórcio com a Apex Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos), ligada ao governo federal, com o objetivo de divulgar o setor de saúde brasileiro para mercados internacionais. A iniciativa recebeu investimentos de R$ 1,3 milhão.

A APM (Associação Paulista de Medicina) e a Secretaria de Relações Internacionais de São Paulo também têm se reunido com os principais hospitais de São Paulo para definir, entre outras questões, quais as principais vocações de cada um.As instituições já estão se preparando -especialmente, dando cursos de idiomas aos funcionários e buscando certificações internacionais, que são exigidos por muitos seguros-saúde no exterior para reembolso das despesas médicas.

De olho nos seis vôos semanais que a Emirates Airlines, companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, vai inaugurar amanhã entre Dubai e São Paulo, hospitais como o Sírio Libanês e o Oswaldo Cruz já estão se preparando para receber os pacientes árabes. No site do Sírio, por exemplo, há versões de texto em inglês e em árabe.

O Oswaldo Cruz participou recentemente de uma feira em Dubai para promover os seus serviços de saúde. "Há um interesse de pacientes do Oriente Médio que não querem ir aos EUA e que pensam em vir para São Paulo", diz José Henrique do Prado Fay, superintendente executivo do Oswaldo Cruz.

O Sírio também inaugurou em fevereiro um serviço de relações internacionais para cuidar da "captação" de pacientes estrangeiros, por meio de agências de saúde internacionais.O Conselho Regional de Medicina (Cremesp) teme que as iniciativas para atrair os estrangeiros deteriorem a relação médico-paciente. "A saúde não pode se transformar em negócio e comércio", diz o conselheiro Reinaldo Ayer (CC).

terça-feira, 4 de setembro de 2007

PT-DIMENSÃO PARALELA

O presidente Lula e o PT estão se especializando em criar um mundo onde ficções úteis sobrevivem divorciadas da realidade

O PARTIDO dos Trabalhadores e seu presidente de honra, Luiz Inácio Lula da Silva, parecem viver numa dimensão paralela, onde entidades oníricas têm o dom de intervir sobre a realidade e não vigora o princípio da não-contradição. Pelo menos é isso o que se depreende das teses apresentadas no 3º Congresso do PT, que teve lugar neste fim de semana em São Paulo.

No fantástico mundo de Lula, petistas não devem ter vergonha de defender "companheiros" que se tornaram réus no processo do mensalão, e o eterno presidente de honra pode candidamente proclamar: "Ninguém neste país tem mais autoridade moral e ética do que nosso partido".

Na Terra do Nunca presidencial, em que a boa e velha lógica aristotélica foi substituída pelas evasivas e tergiversações delubianas, tais afirmações podem coexistir pacificamente com as 11,2 mil páginas do inquérito (descontados anexos e tabelas) em que se descreve com alguma minúcia o esquema de banditismo urdido por baluartes petistas para desviar dinheiro público e corromper parlamentares. Pouco importa que o próprio Lula já se tenha dito "traído" pelos companheiros que agora absolve.

No mundo quântico petista, é possível que algo esteja vivo e morto simultaneamente. O partido, extravasando ecos de um passado que não existe mais, se compromete a lutar pelo "socialismo democrático e sustentável" -o que quer que isso signifique. Mais do que isso, propõe um plebiscito pedindo que se anule a privatização da mineradora Vale do Rio Doce, realizada pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Nem parece tratar-se da mesma legenda que dá sustentação ao governo que paga a segunda maior taxa de juros do planeta e cujo líder máximo afirmou há pouco que os ricos já ganharam muito em sua administração e não têm motivos para queixas.

Na Utopia petista, o partido aprova resolução em que defende o direito ao aborto, convencionais vaiam uma ex-parlamentar que discursa contra o procedimento, e o governo indica um católico ultraconservador para compor o Supremo, que acabará julgando a matéria.

Na mesma linha, a legenda aprova uma moção com críticas aos militares e em que exige a abertura dos arquivos da ditadura. Nem parece tratar-se do mesmo PT que, no governo, cedendo aos apelos do Exército e do Itamaraty, manteve a absurda figura jurídica dos documentos oficiais sob sigilo eterno.

Diga-se em favor do PT e do presidente Lula que eles ao menos conseguiram reinventar a dialética marxista, ao engendrar um governo que já traz em si mesmo sua própria negação. É lamentável que tal inovação só subsista com o sacrifício da realidade. É nisso que Lula e o PT estão se especializando.

Editorial da Folha de São Paulo
04/09/2007
Sim, mas não muito !!!!!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

REMESSA DE DINHEIRO-IMIGRANTES


GOVERNO BRASILEIRO QUER FACILITAR REMESSAS DE PEQUENOS VALORES DOS EUA PARA O BRASIL

Atualmente, as remessas internacionais ultrapassam $230 bi ao ano

O ministro das Comunicações brasileiro Hélio Costa informou que o presidente dos Correios dos Estados Unidos irá ao Brasil, para acertar uma série de procedimentos com o Ministério das Comunicações. Uma das principais ações a serem discutidas é a remessa de pequenos valores – até dez mil dólares – por brasileiros que vivem aqui para o Brasil por meio dos Correios.

A ordem de pagamento internacional pode ser comprada em supermercados, postos de gasolina, drogarias, no valor de até $10 mil. É um cheque pago em qualquer banco do mundo. O ministro das Comunicações defende o retorno do serviço para remessa de pequenas quantias. “Nós estamos nos referindo ao brasileiro que está no exterior e manda uma pequena quantia para ajudar a família no Brasil. Este convênio vai acabar com a exploração das empresas intermediárias”, explicou Hélio Costa.

Com o cancelamento do serviço pelo governo americano, os brasileiros que estão no exterior pagam até dez por cento de comissão para mandar dinheiro por escritórios ou entidades especializadas no serviço, apesar das mesmas negarem êsse desconto. O ministro já solicitou à Receita Federal que refaça esse entendimento para que o serviço, junto ao governo americano, possa ser restabelecido.

Remessas pelo celular

Outra novidade que, possivelmente, afetará o mercado das empresas de remessa nos EUA foi anunciada. A GSM Association, que reúne 19 empresas de Telecom que operam em 100 países, vai lançar um projeto piloto para integrar sistemas de mobile banking a uma central de câmbio internacional e, com isso, permitir a emissão de ordens de pagamento via celular para beneficiários em outros países.

Para viabilizar o projeto, as operadoras estão fazendo parcerias com bancos locais ou regionais e a GSMA está criando um plano piloto com o MasterCard Worldwide, que tem uma rede bancária de mais de 25 mil bancos.O objetivo da associação é atender ao crescente mercado de trabalhadores migrantes, que enviam recursos para suas famílias em seus países de origem. A associação estima que existam ao menos 200 milhões de trabalhadores nesta situação que poderiam se interessar pelo serviço.

Os migrantes poderão fazer transfe-rências internacionais de dinheiro e notificar seus parentes via celular. “O objetivo é reduzir os custos das transações, especialmente das remessas menores”, explica Ricardo Tavares, vice-presidente senior de políticas públicas da GSMA.
A chegada do serviço ao Brasil depen-derá de parcerias locais, segundo Tavares. “A iniciativa certamente beneficiará os países da América Latina e o Brasil, que têm muitos imigrantes nos Estados Unidos, Europa e Japão, mas vai depender de iniciativas locais das operadoras”, esclarece o executivo.

A empresa Skype já conta com o sistema Paypal, basta tão sómente baixar o programa pela Internet.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

BRASILEIRINHOS APÁTRIDAS-APROVADO


Brasileiros nascidos no exterior terão direito à cidadania

Depois de mais de dez anos de luta, o movimento Brasileirinhos Apátridas - criado pelo jornalista Rui Martins, radicado na Suíça - conseguiu uma grande vitória. Os filhos de brasileiros residentes no exterior terão direito à nacionalidade brasileira. Desde 1994, as crianças nascidas fora do país, filhas de pai ou mãe brasileiros, só tinham direito à nacionalidade se voltassem a morar no Brasil ou se fizessem uma opção diante de um juiz federal.


Atualmente, mais de 200 mil crianças encontram-se nesta situação. Agora, a Câmara dos Deputados do Brasil acaba de aprovar, por unanimidade, a proposta de emenda constitucional que concede o direito às crianças de serem brasileiras. O próximo passo é a aprovação do texto pelo Congresso.


"Brasileirinhos Apátridas"


“Todos nós temos a certeza de que os filhos de brasileiros nascidos no Exterior merecem a nossa cidadania, não só por uma questão de direito mas também por uma questão internacional. Países como Espanha e Itália dão a cidadania, inclusive aos netos dos imigrantes.”


Rui Martins


Jornalista brasileiro que reside há 20 anos na Suíça, depois de ter vivido em Paris (exílio) e Amsterdã, o veterano correspondente europeu trabalhou para a rede CBN e O Estado de S. Paulo, onde foi “foca” na época de Herzog, e é autor do livro Dinheiro Sujo da Corrupção, indicado ao Prêmio Jabuti 2006 de Livro Reportagem, no qual denuncia as contas de Paulo Maluf no exterior (Geração Editorial).



quarta-feira, 15 de agosto de 2007

CONSELHOS DE UM VELHO APAIXONADO

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o 1º e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Algo no céu te mandou um presente divino - o amor.

Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por a algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.

Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado... Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...

Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado... Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela...

Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam. Ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor!

Ame muito.....muitíssimo...

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

sábado, 11 de agosto de 2007

QUEM ESQUECE ERROS COMETIDOS NO PASSADO, ESTÁ CONDENADO A REPETI-LOS NO FUTURO

A Guerra do Vietnã


A reação contra a guerra e a contra-cultura


A participação crescente dos EUA na Guerra e a brutalidade e inutilidade dos bombardeios aéreos - inclusive com bombas napalm - fez com que surgisse na américa um forte movimento contra a guerra. Começou num bairro de São Francisco, na Califórnia, o Haight - Aschbury, com "as crianças das flores" (flower children), quando gente jovem lançou o movimento "paz e amor" (peace and love), rejeitando o projeto da Grande Sociedade do pres. Johnson.

Aumento da escalada americana no Vietnã(em soldados)

1960-900

1962-11.000

1963-50.000


1965-180.000

1967-389.000

1969-540.000



Em represália a um ataque norte-vietnamita e vietcong a base de Pleiku e Qui Nhon o presidente Johnson ordena o bombardeios intenso do Vietnã do Norte. Mas as tentativas de separar o Vietcong das suas bases rurais fracasssa, mesmo com a adoção das chamadas "aldeias estratégicas" que na verdade eram pequenas prisões onde os camponeses deveriam ficar confinados.

Apocalipse Artemis

domingo, 22 de julho de 2007

Déjà vu

Você já viu uma pessoa pela primeira vez e pensou que a conhece de algum lugar? Ou ao conversar com alguém percebeu que já havia falado exatamente as mesmas palavras anteriormente? Isso é o Déjà vu.
A expressão francesa “Déjà vu”, que significa “já visto”, é usada para referir a um fenômeno que acontece no cérebro de diversas pessoas no mundo inteiro. O termo foi aplicado pela primeira vez por Emile Boirac (1851-1917), um estudioso interessado em fenômenos psicológicos. Déjà vu é quando nós vemos ou sentimos algo pela primeira vez e temos a sensação de já ter visto ou experimentado isso anteriormente.
Mas como explicar esse fenômeno? Diversas explicações surgem, tais como inatenção, vidas passadas ou visões sobrenaturais, porém todas completamente errôneas. A hipótese de que verdadeiramente já seu viveu aquela cena antes é inválida, já que essas ocorrências nunca poderiam recriar a situação com exatidão devido à falta de sentimento associada a cada acontecimento na vida das pessoas.
A alusão ao mundo sobrenatural, relacionando ao déjà vu à visões do futuro também é falsa, pois o fenômeno ocorre somente na hora exata que acontece e jamais em situações anteriores, portanto não é possível “prever o futuro” através do déjà vu.
Na verdade, essa sensação é causada por um estado do cérebro, por fatores neuroquímicos. Os especialistas afirmam que o déjà vu é uma experiência baseada na memória e que os centros de memória do cérebro são os responsáveis pelo fenômeno. Os déjà vus acontecem principalmente nas pessoas de 15 a 25 anos e cerca de 60 a 70% das pessoas afirmam que já tiveram o fenômeno alguma vez na vida.

terça-feira, 17 de julho de 2007

O PADRE A VODKA = ?

O novo padre da paróquia estava tão nervoso no seu primeiro sermão, que quase não conseguiu falar. Antes do seu segundo sermão, no domingo seguinte, perguntou ao arcebispo como poderia fazer para relaxar. Este lhe sugeriu que na primeira vez, colocasse umas gotas de vodka na água e que depois de uns goles estaria mais tranqüilo. No domingo seguinte aplicou a sugestão e sentiu-se tão bem, que poderia falar até no meio de uma tempestade, de tão feliz e descontraído que se encontrava.
Depois de regressar à reitoria da Paróquia, encontrou uma nota do Arcebispo dizendo-lhe:
"Prezado Padre... Seguem algumas observações: Na próxima vez, coloque gotas de vodka na água e não gotas de água na vodka. Não coloque limão e açúcar na borda do cálice. O manto da imagem de Nosso Senhor Cristo não deve ser usado como guardanapo. Existem 10 mandamentos e não 12.

Existiram 12 apóstolos e não 10. Judas traiu Jesus, não o sacaneou. Jesus foi crucificado, não enforcado; e Tiradentes não tem nada a ver com a historia. A hóstia não é chiclete, portanto evite tentar fazer bolas. Aquela 'casinha' é o confessionário, não o banheiro. Evite apoiar-se na imagem de Nossa Senhora, muito menos abraçá-la. A iniciativa de chamar o público para cantar foi louvável, mas fazer trenzinho e correr pela igreja foi demais...
Água benta é para se benzer e não para refrescar a nuca. Nunca reze a missa sentado na escada do altar; muito menos com o pé sobre a Bíblia sagrada. As hóstias devem ser distribuídas para o povo, jamais usadas como aperitivo para acompanhar o vinho. Procure usar roupas debaixo da batina.

Evite abanar-se com a batina quando estiver com calor. Jesus nasceu em Belém, mas isto não significa que ele seja paraense. Numa missa não se deve fazer perguntas ao público. Também não se deve pedir ajuda aos universitários. Até porque eles não sabem nada. Quem peca é um PECADOR; não um filho da puta. Quem peca vai para o inferno; e não pra puta que o pariu. Pelos 45 minutos de missa que acompanhei, notei essas falhas. Espero que tais falhas sejam corrigidas já para o próximo domingo. Atenciosamente, o Arcebispo. Ah, já ia esquecendo: uma missa leva em torno de uma hora e não dois tempos 45 minutos cada.
E aquele sujeito sentado no canto do altar, a quem você se referiu "travecão de vestido", era eu...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

ESCUTAS TELEFONICAS


Já dizia um velho senador de que certos assuntos têm de ser discutidos ao pé do ouvido, nos pampas, ao som do minuano. Assim não se correm riscos. O mais incrível nas escutas telefônicas, que se tornaram corriqueiras, é o disparate como são pegos em flagrante, e assim mesmo, os envolvidos em negociatas continuam se arriscando, certos da impunidade. Depois, com mentiras deslavadas, procuram justificar o injustificável. Deve ser a alegria incontida de dividir toda grana amealhada criminosamente, e assim conquistar o novo carrão, o sitio, a viagem para Miami, etc. Na China o corrupto é fuzilado, - mas nem tanto-, no Japão, envergonhado, pede demissão, na Alemanha, se mata e por aí afora. Aqui os corruptos se matam sim, mas de rir na nossa cara. Será que não tem vergonha de seus filhos, esposa, família, etc.!!


Brownsugar

quarta-feira, 4 de julho de 2007

BRASILEIRINHOS APÁTRIDAS-

03.07.2007 [23:00]

Câmara Federal aprova PEC de brasileiros nascidos no exterior


Os deputados aprovaram esta noite (3) a Proposta de Emenda à Constituição 272/00, de autoria do Senado, que concede nacionalidade brasileira aos filhos de pai ou mãe brasileiros nascidos no exterior. Contudo, é necessário que o registro seja feito em repartição diplomática competente.
A matéria, aprovada sob aplausos em primeiro turno pelos deputados, irá à Comissão Especial para receber nova redação, que será votada em segundo turno.
A proposta corrige um problema criado pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994, que acabou com a possibilidade de um filho de pai e/ou mãe brasileiros nascido no exterior vir a ser registrado em uma repartição do Brasil no exterior para que adquira nacionalidade brasileira. Desta forma, os filhos dos brasileiros nascidos no estrangeiro eram considerados apátridas.
Atualmente, só existem duas condições para adquirir a cidadania brasileira: residência no Brasil ou opção pela nacionalidade brasileira, perante a Justiça Federal. Em outros países, o registro de brasileiros tem efeitos apenas para identificação civil. A proposta, relatada pela deputada Rita Camata (PMDB-ES), também inclui a permissão de que filhos de pai e/ou mãe brasileiros nascidos em outros países entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação da emenda sejam registrados em repartição diplomática brasileira, se vieram a residir na República Federativa do Brasil.
(Rodolfo Torres)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

O SENADO E O GADO

O gado eqüino e bovino fazendo sucesso através dos tempos. No império romano o cavalo Incitatus de Calígula é nomeado senador e em Brasília a valiosa bezerra de R$ 300 mil de Roriz e os indiscutíveis bois de Renan já inspiram a criação da pizza de filé mignon.
Brownsugar

domingo, 24 de junho de 2007

USP PARA QUEM PRECISA

Alguns alunos e seus pais não sabem como fazer para acertar mensalidades atrasadas em faculdades particulares, entretanto, rebeldes sem causa que estudam de graça, como muitos que hoje governam e tiveram esse privilégio, param uma universidade pública como a USP por meses. É hora de fazer uma revisão geral nessa situação. Não faltarão defensores de plantão em defesa de tal situação, certamente da burguesia, não das classes menos favorecidas.
Filosofo Dias.
Brownsugar

segunda-feira, 18 de junho de 2007

AFINAL, PARA QUE SERVE O SENADO ?

BRASÍLIA - A iminente absolvição de Renan Calheiros explicita uma vez mais a crise de identidade do Senado. Não é uma Casa revisora. Não pune seus membros. Guarda em segredo suas mazelas. Afinal, para que serve mesmo o Senado? A Câmara pode até ser um antro com 300 picaretas, como disse Lula um dia. Mas seria injusto acusar os deputados de leniência absoluta. Embora assem pizzas, dezenas já foram ejetados da vida pública. No Senado, só um foi cassado até hoje. Como se senadores fossem seres mais puros e decentes do que seus colegas deputados.

Não é necessário vir a Brasília para verificar como Senado e Câmara têm códigos diferentes de prestação de contas ao país. Basta entrar na internet. Sobre os deputados é possível saber até quantas voltas dariam na Terra com o combustível recebido. Dos senadores só há biografias anódinas. O Renangate é marcado por uma sucessão de escárnios. Primeiro, o caso caiu nas mãos de um político semi-aposentado, desprezado em seu partido e ávido por encontrar uma sinecura para os filhos desempregados: o corregedor (sic) Romeu Tuma (DEM-SP). Não se dignou a dar um telefonema para açougues de Alagoas indagando se ali eram vendidas picanhas, filés, maminhas e cupins renanzistas.

Pós-Tuma veio o senador da floresta e sem voto, Sibá Machado (PT-AC). É o suplente-presidente do Conselho de Ética. Lançou-se com avidez à tarefa de absolver Renan. É ajudado por Epitácio Cafeteira (PTB-AM), relator do processo e ícone do velho Brasil. A dupla não quer julgar. Quer salvar. Nessa toada, os senadores cavam a própria cova. Nada contra. Exceto quando levam junto uma instituição da República. A pergunta "para que serve o Senado?" não deveria pairar no ar como agora. Se assim o é, algo de erradíssimo se passa com a democracia em vigor no país.
FERNANDO RODRIGUES

quinta-feira, 14 de junho de 2007

RELAXA E GOZA

Juca Chaves, ao final de uma piada disse: “Se o estupro for inevitável, relaxa e goza”, outrora, Paulo Maluf em discurso proferido nas Minas Gerais, disparou: -"estupra mas não mata",- agora a mais recente, da Ministra do Turismo, Marta Suplicy, que indagada sobre a atual crise dos aeroportos, nunca dantes vista, sapeca: "Relaxa e goza porque você esquece todos os transtornos depois”. Está dificil distinguir o que é sério e o que é piada. Isto é gozar da nossa paciência. (brownsugar)
E mais:
De estupros e gozos

O leitor prefere a adversativa de "Estupra, mas não mata" ou a aditiva de "Se o estupro é inevitável, relaxa e goza!"? U M BELO DIA, aprendemos na escola que as orações coordenadas podem ser aditivas, adversativas, alternativas etc. Aprendemos também que a conjunção aditiva clássica é "e", que a adversativa clássica é "mas" etc.<
O nome já diz que as aditivas estabelecem nexo de adição, como se vê em "Amor de Índio" (de Beto Guedes e Ronaldo Bastos): "Lembra que o sono é sagrado e alimenta de horizontes o tempo acordado de viver". As adversativas, como o nome também já diz, expressam relação de adversidade, oposição. O célebre poema "Confidência do Itabirano" (de Drummond) termina com esta maravilha: "Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói". É de notar a opção do Poeta pelo ponto final depois de "parede", de que resultam a separação das duas orações que formariam um período composto e o emprego do "mas" como palavra inicial da oração de que participa. Comum no texto literário, esse recurso enfatiza a relação de adversidade estabelecida pelo "mas". Embora o "e" tradicionalmente estabeleça relação de adição, não raro se encontra esse conectivo com matiz adversativo, como neste trecho (de Drummond): "O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar". Ou nestoutro, de Machado: "Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa!" O excerto (de "Memórias Póstumas") é relativo a Eugênia, personagem do romance. A seqüência da passagem é esta: "Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?". Mutatis mutandis, pode-se fazer com o conectivo "mas" o que fez Machado com o contraste "bonita/coxa": "Ele rouba, mas faz"; "Ele faz, mas rouba". Em ambos os casos, o "mas" tem valor adversativo, mas parece claro que para o emissor da primeira frase o ato de roubar é menos grave do que é para o emissor da segunda sentença. Essa história de "Rouba, mas faz" me traz à mente outra pérola do rosário de misérias provindas de uma das tantas tristes figuras públicas deste país: "Estupra, mas não mata". Nessa lufada filosófica, a estuprar se contrapõe matar. O estupro seria admissível, desde que a vítima não fosse assassinada. Então tá. Quando proferida, essa quintessência do delírio causou protestos indignados etc. Nada mais justo. Mas perguntar não ofende: a sociedade que condena essa barbaridade não é a mesma que criou e adotou o lema "Quando (ou "Se') o estupro é inevitável, relaxa e goza!", pérola da quintessência da futilidade?
Talvez você não se lembrasse, porém é essa a frase original. A "criatividade" ou a conveniência reduziram-na ("Relaxa e goza!"), e ela foi parar em bocas e mentes de calibres vários (de tarados a sexólogos, por exemplo).
O leitor prefere a adversativa de "Estupra, mas não mata" ou a aditiva de "Quando o estupro..., relaxa e goza!"? Cabe lembrar que a raiz (latina) de "gozo" é a mesma de "gáudio" ("alegria", "regozijo"), sentimento que tem sido visto, por exemplo, nos nossos aeroportos: os viajantes são literalmente estuprados e, obedientes ao casto lema brasuca, relaxam, exultam... e gozam! É isso.
PASQUALE CIPRO NETO - 21/6/2007