domingo, 3 de agosto de 2008

FBI completou 100 anos

Robert Mueller, diretor do FBI, nomeado pelo presidente George W. Bush (pai) em 2001, ressaltou em homenagem aos 100 anos de sua existência, a importância de tão relevante órgão. O atual diretor é a pessoa que empreendeu a maior reestruturação da agência desde os anos quarenta. Hoje a luta contra o terrorismo é o trabalho principal dos 12.000 agentes do FBI.

Hoje, o FBI é uma imensa teia de aranha encarregado de manter a salvo e livre de ataques o solo norte-americano. Este objetivo nada se parece ao que tinha em mente o promotor geral Charles J. Bonaparte em 26 de julho de 1908, quando reuniu 34 agentes especiais e fundou o Federal Bureau of Investigation. “Uma força policial desta natureza é, a respeito da modernidade, absolutamente indispensável”, escreveu Bonaparte antes da criação do escritório. O trabalho dos agentes era, simplesmente lutar contra o crime organizado, a nível federal.

Até 1924, esta agencia não teve diretor. O primeiro cobrou dimensões tão grandes que sua sombra sobrevive até hoje: com apenas 29 anos, J. Edgar Hoover, nascido em Washington e advogado de formação, se encarregou do cargo de uma organização que já tinha 440 agentes. Com o lema pessoal de “a justiça é só algo secundário à lei e a ordem”, converteu o FBI em uma potentíssima máquina para lutar contra a máfia, inaugurando o que se veio a chamar-se guerra aos gangsters. Hoover morreu em 1972, na presidência de Richard Nixon, depois de ocupar o cargo durante 48 anos.

Nos anos trinta,os gangsteres cruzavam muito a miúdo as fronteiras entre um estado e outro, e só agentes federais como os do FBI tinham jurisdição sobre qualquer lugar dos EE.UU. Depois de duras negociações, Hoover conseguiu que o Congresso permitisse que os agentes usassem armas e fizessem detenções. Foi o FBI que abateu o famoso gangster Dellinger em 1934. Seus agentes perseguiram criminosos como Al Capone, Bonnie Parker e Clyde Barrow.



Clyde Barrow y Bonnie Parker


Al Capone

No decorrer dos anos e o progressivo desaparecimento dos gangsters, o FBI penetraria em terrenos mais obscuros, em que a historiadora Ellen Schrecker batizou como hooverismo. Nos anos quarenta e cinqüenta, em plena guerra fria, a agencia se converteu em um instrumento de Hoover para se apoiar na causa anticomunista. Entre 1946 e 1952, o diretor aumentou o número de agentes de 3.500 para 7.000. Com este reforço, o FBI se ocupou de investigações secretas sobre funcionários e cidadãos norte-americanos, sempre com a idéia de descobrir espiões soviéticos.


J. Edgard Hoover

E lembrando Al Caponte que tal Raul Seixas: